domingo, 1 de agosto de 2021

História da mágica no Brasil

História da mágica no Brasil

A arte mágica no Brasil, teve seus primeiros passos a partir de 1900 para cá.

Frederico Carlos da Costa Brito, falecido em 1919, foi quem iniciou a divulgação da magia teatral, publicando em 1903 um interessante trabalho de sua autoria intitulado REVELAÇÕES DE MAGIA MODERNA.

Foi de fato, o único livro que mereceu grande aceitação na época, pela sua originalidade.

Costa Brito, baseou seus ensinamentos nos princípios de Herrmann, célebre prestidigitador de Viena da Áustria, precursor da escola moderna de magia sem aparelhos, que por sinal, é a minha grande paixão. 

Nesse tempo, os adeptos de nossa bela arte era bastante reduzido, fato este devido a falta de livros e outras publicações em idioma português.

Mais tarde, o precursor do ilusionismo no Brasil foi J. Peixoto a quem o nosso meio deve grande parte de nossa herança mágica. Eu tive a grata satisfação de estudar em seus livros. Pode-se dizer com toda certeza que J. Peixoto foi o maior fator de incremento ao gosto pela magia no Brasil.

História da mágica no Brasil

Ele iniciou em 1920 uma grande campanha de artistas mágicos; fundou e presidiu o Círculo Mágico Internacional e centralizou diversos grupos de mágicos amadores de todo o país, fornecendo-lhes o que de melhor surgia no mundo da ilusão em aparelhos e ensinamentos.

Publicou durante 4 anos, o BOLETIM MÁGICO, (1921 a 1925), revista que é uma verdadeira enciclopédia de conhecimentos mágicos, onde publicou a biografia dos maiores mágicos da época.

Mais tarde publicou diversos livros, entre eles o CURSO PRÁTICO DE PRESTIDIGITAÇÃO E ILUSIONISMO e o TRATADO COMPLETO DE PRESTIDIGITAÇÃO E ILUSIONISMO. Em ambos tive a grande satisfação de estudar.

Lançou ainda o livro TRUCS DE MAGIA SELECIONADOS.

Este último, o grande mestre não pode ver publicado, pois deixou de existir pouco antes de sua melhor obra sair da gráfica (1945).

Para completar esta lista dos grandes incentivadores da arte mágica no Brasil, não podemos deixar de mencionar os seguintes dados biográficos:

Adolf Weisigk com "Truques e Ilusões" e "Manual do Prestidigitador".

Os Irmãos Aronak com "Segredos da Magia".

Ricardo Arruda com "Arte de Roubar no Jogo".

Correia Pereira com "A prestidigitação Revelada".

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Em 1949 o prof. Aronak lançou a venda um interessante trabalho com o título "O mágico das Salas". Depois disso, nada mais apareceu que merecesse destaque, levando-se em consideração que todos os grandes truques mágicos brasileiros partiram dessas obras.

A partir dai, várias pessoas passaram a integrar um grupo de mágicos amadores no Brasil.

Eram médicos, engenheiros, militares, cléricos, advogados, operários e um sem número de estudantes. Todos utilizando nomes artísticos e se apresentando como amadores.

Dentre eles temos: Prof.Zambi(Médico), Estercita(Estercita Fernandes), Carmem Rossini, King(Nicolas Jean Condoyannis), Mary(cognominada a "filha do diabo"), e o premiadissimo Lifan(Oscar Zancopé). Este último recebeu o título de "O REI DOS MÁGICOS" em 1963.

Oscar Zancopé era o nome do jovem de apenas 18 anos que arrebatou entre as maiores notabilidades mágicas, não só do país como também do exterior, o título de 'O Rei dos Mágicos'.

História da mágica no Brasil


Claro que isso aconteceu em 1963, mas é um fato que não devemos nos esquecer pois este jovem representou o nosso país com galhardia, algo que falta nos dias atuais.

No primeiro concurso de Mágicas realizado em Outubro de 1963 no antigo estado da Guanabara, participaram ao todo, nada menos de 18 grandes mágicos de renome.

Quinze dos concorrentes eram do estado. São Paulo enviou apenas três.

Um deles era Oscar Zancopé, conhecido pelo nome artístico de LIFAN. Entre seus rivais, podia se destacar Manolin (espanhol), Pavlovich (checo), Jaffar (húngaro), Bill Carberd (peruano), King (grego) e Dick Marvel (português).

O júri era composto de sete elementos dos mais profundos conhecimentos da arte mágica. Perante este júri LIFAN deu uma verdadeira lição de magia. Deslumbrando não só o júri como o enorme público que lotava o Teatro Recreio. onde foi calorosamente aplaudido e proclamado o Rei dos Mágicos.

O critério adotado pela comissão julgadora estava baseado em sete pontos fundamentais:

1-Apresentação inicial.

2-Personalidade.

3-Elegância.

4-Movimento cénico.

5-Agrado ao público.

6-Apresentação técnica.

7-Traje.

LIFAN reuniu todas essas qualidades com grande merecimento. O segundo lugar ficou com Fran-Lin, O terceiro com Vic-Dan e o quarto com O grande King (grego).

Perguntado como iniciou-se na arte mágica LIFAN respondeu:

---Iniciei aos doze anos de idade. Foi quando comecei eu mesmo a construir alguns truques. Fui me empolgando, pois os meus colegas de escola ficavam embasbacados...

---Mais tarde, tive a sorte de ver trabalhar alguns mágicos profissionais, e desde então, comecei a estudar seriamente a magia através de livros especializados.

Este foi um breve resumo de como surgiu a arte mágica no Brasil.


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